Hoje escrevo o post de número 76. Exatamente um ano depois que comecei a escrever esse blog. Nesse período deu para fazer bastante coisa. Troquei de carro, troquei de emprego, voltei a jogar futebol, conheci muita gente, iniciei uma pós e consegui ler 22 livros. Desses nenhum sobre carreira, auto-ajuda ou literatura. A grande maioria trata de comportamento do consumidor e tendências.
Muito do que li acabei de um jeito ou de outro tratando aqui no blog. A média de acessos é de 20 pessoas por dia. Muitos leitores vem através do Google, pois em geral o blog está bem posicionado em diversas palavras-chave. Não fiz nenhuma divulgação tradicional ou ações em comunidades e blogs. Meu objetivo é modesto, não quero ganhar dinheiro com anúncios nem ter uma grande audiência. Apenas quero um espaço para expressar minha opinião.
Falando em opinião, bem que estava demorando para sair um livro como "The cult of amateur" deAndrew Keen. Ele discursa sobre como esse conteúdo é uma ameaça a cultura e afirma que as pessoas que geram conteúdo na internet são “profissionais frustados e amadores” que não criam nada de valor significativo para a nossa sociedade.
Uma crítica dura para todos blogueiros de plantão. Concordo que a grande maioria dos blogs não tem um conteúdo relevante mesmo. Mas será que toda vez que escrevemos, nossa obrigação é gerar uma contribuição inesquecível para humanidade? Será que a obra literária de Andrew Keen chegará um dia aos pés de Shakespeare por exemplo?
Interessante essa ação que estimula os consumidores a reciclar as embalagens antes mesmo do consumo do produto. Pelo jeito, a tendência é cada vez mais as embalagens tornarem-se efêmeras, servindo realmente como um anúncio publicitário. É importante ficar atento a esses movimentos, pois com certeza essa mudança de paradigma não é algo passageiro.
Sociedade é um conjunto de regras que regem a cultura. Cultura é um tipo de comportamento a respeito da regra.
Existe uma regra (sociedade) imposta mas as pessoas reagem com comportamentos (cultura) diferentes. Temos como exemplo que algumas pessoas avançam no sinal fica amarelo, enquanto outras param o carro.
A Sociedade de consumo é a linha defendida por autores como Mary Douglas, Daniel Miller, Don Slater. Esse grupo defende o consumo como via de acesso privilegiada para entender os processos sociais e culturais. Tem muito mais a ver com um contexto social e de regras que compõem as relações humanas dentro de seus círculos de convívio.
A Cultura do consumo analisa o consumo como principal elemento de reprodução social. Trata das questões referentes aos bens como fetiches e eleva-os a categoria de signos. Tem fortes componentes moralistas, superestimando o impacto que o consumo tem sobre as pessoas. Analisa principalmente os aspectos individuais e seus significados tendo impacto no comportamento do indivíduo.
Tem uma definição que acho que diferencia bem consumidor e consumismo: O consumismo é o ato de consumir produtos ou serviços compulsivamente e, muitas vezes, sem consciência; enquanto o consumidor é aquele que compra produtos.
Há várias discussões a respeito do tema, entre elas o tipo de influência que a propaganda e a publicidade exercem nas pessoas. Muitos alegam que elas induzem ao consumo desnecessário, sendo este um fruto do capitalismo. Lembrando que essa definição tem raízes na teoria da Cultura do consumo.
"Aqui estão os loucos; os desajustados; os rebeldes; os criadores de caso; os peixes fora d’água; aqueles que vêem as coisas de um jeito diferente. Eles não gostam de regras e não têm o menor respeito pelo Status Quo.
Você pode concordar com eles ou discordar deles; pode glorificá-los ou difamá-los; a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los.
Porque eles mudam as coisas Eles puxam a raça humana para frente.
E, enquanto, alguns podem chamá-los de loucos, nós preferimos chamá-los de gênios. Porque as pessoas que são loucas o suficiente para achar que podem mudar o mundo, são aquelas que mudam."