
A questão não foi discutir se as propostas eram certas ou erradas, mas sim analisar os diferentes pontos de vista. O importante foi fazer a "lição de casa". ou seja, ir no campo fazer pesquisa, analisar as oportunidades, prestar atenção nos detalhes que compõem uma embalagem, além de cuidar das aplicações de forma, cor e imagem. Uma mensagem essencial transmitida, foi de que o designer deve escolher um caminho e ir nele até o final. Isso gera mais segurança, consequentemente transmitindo aos clientes uma convicção maior na apresentação de qualquer trabalho. O próprio diretor de marketing da Xerox, que também estava presente disse: "A agência tem que me trazer a solução que ela acredita, não inúmeras para eu ter que escolher."
O cliente não tem obrigação de aprovar o projeto. Mas nós como designers, temos a obrigação de apresentar sempre a melhor solução possível para o negócio de nossos clientes. Por isso deve-se seguir uma metodologia consistente, onde seja possível ter parâmetros claros para medir a qualidade de um projeto. Esse processo com certeza foi transmitido no curso, resultando em propostas bem embasasdas e inovadoras dentro da categoria estudada.
Mais do que todo o conhecimento e serviços prestados para o design de embalagem, minha admiração pelo Fábio Mestriner baseia-se em outro aspecto. Acho inspirador o seu respeito com as pessoas, clientes e profissão que escolheu seguir. Com certeza sua contribuição para o desenvolvimento da área de embalagens é digna de aplausos.
Para finalizar, gostei de três definições do Fábio que ouvi ontem:
1) Design não é criação. Design é metodologia, projeto.
2) Design não é democrático.
3) A história é resultado dos atos humanos, não de intenções.
Essas definições podem gerar polêmicas com algumas pessoas que conheço. Mas como já disse, existem diferentes pontos de vista. O que eu acredito é: seguir uma metodologia, ter consistência para defender o que se acredita e não dar desculpas por não ter feito o melhor trabalho possível.
2 comments:
Caro Mori
Agradeço seus comentários e fico feliz em verificar que você realmente compreendeu o que aconteceu nesta aula de entrega dos trabalhos.
Profissionais como você que vão buscar a informação, procurando conhecer o que está sendo feito são os que ajudam a profissão a evoluir.
Seu interesse em comparecer a apresentação dos trabalhos, o blog que você mantém e a pós-graduação que está fazendo são exemplos de atitude que admiro.
Um grande abraço
Fabio Mestriner
Num mundo atual aonde a palavra-chave é "Trabalho em Grupo", realmente isso é polêmico.
Costumo dizer que um bom Trabalho em Grupo não necessariamente significa todos trabalhando, muito menos ao mesmo tempo ou fazendo a mesma coisa.
Significa sim trabalhar em busca de um objetivo comum, significa que cada um tem uma função no Trabalho e todos contam com aquela pessoa para exercer aquela função determinada e ela não poderá falhar com risco de comprometer o resultado final do Grupo.
Isso muitas vezes é confundido. Traduzindo, Trabalho em Grupo é todos fazendo o melhor para chegar ao melhor resultado e não todos fazendo tudo.
Mori, parabéns pela sua capacidade crítica e analítica.
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