Sunday, January 20, 2008

55ª questão - Quais as perguntas para posicionar uma marca de cuidados para o cabelo?


Dois posts anteriores encontramos uma definição muito interessante:
A forma não segue mais a função. A forma segue o significado.
Ou seja, cada vez mais a função do design é construir significados e conectar-se com o universo emocional dos consumidores. Tarefa nada fácil! Ainda mais em tempos de tantas mudanças e quebras de paradigmas.

Abaixo algumas perguntas que formulei para analisar uma marca de cuidados para o cabelo:
1) quais os problemas básicos na vida das pessoas que os produtos resolvem?
2) o que os consumidores mais temem quando usam esse produto?
3) o contexto social afeta o consumo desses produtos?
4) quais os mitos e contos de fada relacionados com cabelos?
5) que arquétipos podem ser relacionados ao uso desses produtos?
6) a forma como são utilizados possuem quais características?
7) os pensamentos e sentimentos dos consumidores sobre a marca e a categoria são semelhantes?
8) quais as diferenças entre os gêneros masculino e feminino na percepção dos produtos?
9) como você se sentiria caso nunca mais precisasse cuidar dos cabelos?
10) o critério de escolha é igual ao processo de decisão?

Enfim, sou do pressuposto que se não fossem as perguntas, o que seriam das respostas?
Meu grande interesse é entender mais profundamente o que existe por trás do consumo. Mesmo que seja uma simples compra de shampoo. Descobri por exemplo que o conto sobre Rapunzel possui diversas conotações simbólicas, servindo para gerar insights sobre a natureza feminina e sua relação com os cabelos.

Apesar de ter entendido melhor o papel dos cabelos na vida das pessoas, ainda existem mistérios inexplicáveis para mim. Um deles diz respeito aos seres humanos que por livre e espontânea vontade, aguentam a tortura de passar meia hora (no mínimo), com um motor de avião do lado das orelhas esquentando suas cabeças. Tradicionalmente esse processo tem o nome de escova. Nessas horas só me resta render-se a célebre frase de Oscar Wilde: As mulheres foram feitas para serem amadas e não compreendidas.

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