Monday, April 21, 2008

81ª questão - O que os consumidores querem?

Complementando o post anterior, esses dois filmes exageram um pouco para mostrar como seguir os resultados das pesquisas pode matar boas idéias.



80ª questão - Diamond or square?

Qual a melhor forma de assegurar o sucesso no lançamento de um produto? Como resposta imediata na cartilha do marketing, temos fazer pesquisas com os consumidores para saber o que eles querem.

O problema é que invariavelmente eles nunca sabem o que desejam exatamente. Mesmo porque, não é tão simples assim expressar verbalmente o que se espera de um produto. Muitas vezes as situações de pesquisa são artificiais e só servem para confirmar os pressupostos do pessoal de marketing.

Ultimamente diversos comerciais tem feito paródias com essa situação. Até mesmo uma campanha foi desenvolvida no Canadá pelo cereal Shreddies da Kraft Foods, mostrando um grupo de pesquisa com pessoas de verdade, comentando sobre o lançamento do novo Diamond Shreddies. Seria algo normal, não fosse o "diferencial" do novo produto. Vale a pena assistir.

Monday, April 14, 2008

79ª questão - Que tal confessar para Deus na internet?


Vi no blog da Paula Rizzo uma idéia muito interessante. O mesmo fundador do Cool Hunter lançou outro site com uma proposta inusitada. Imagine um lugar na internet onde seja possível confessar que fez sexo com um homem ou sua namorada fez um aborto. Isso tudo na forma de uma oração para "Deus". Neste caso, o termo "Deus" tem um sentido mais amplo independente de crença ou religião. O link para quem quiser confessar ou fazer uma prece é http://www.dear-god.net.

É uma verdadeira terapia online coletiva. Pessoas que não se conhecem e nunca se viram, trocam confissões e dizem palavras de conforto uns aos outros. O anonimato da internet possibilita expor-se de forma única. É possível confessar nossos segredos mais íntimos e ter outras pessoas para compartilhá-los.

Nunca os limites entre privado e público foram tão tênues. Ao mesmo tempo que podemos expor nossa vida e se destacar na multidão, também temos a opção de esconder nossa identidade. O mais curioso é tirar a seguinte dúvida: somos mais verdadeiros quando expomos nossa identidade ou quando somos anônimos?

Monday, April 07, 2008

78ª questão - Qual o grande assunto da semana?

Quando acessei hoje o YouTube encontrei algo que me chamou bastante a atenção. Entre os 20 vídeos mais vistos da semana, 16 são a respeito do caso Isabella Oliveira Nardoni. A grande maioria dos brasileiros deve estar de uma forma ou outra acompanhando o caso. Esse assunto foi capa das principais revistas semanais, matéria em jornais, além de ser destaque no Fantástico, Jornal Nacional e praticamente todos telejornais.

Interessante observar a comoção nacional e interesse das pessoas em acompanhar o assunto. Já surgiram diversas manifestações de apoio e de revolta contra a violência infantil. Engraçado como parece que já vimos essa mesma história antes. De novo ocorre uma catarse coletiva, onde todos parecem hipnotizados por um assunto considerado "importante". No final das contas, em pouco tempo esquece-se o que aconteceu. Todos ficam aguardando ansiosamente o próximo "grande acontecimento".

Não quero dizer que foi algo sem importância ou não deva ser tratado com seriedade. Mas será que além dos parentes e amigos da vítima, esse assunto é realmente tão relevante? Como observou T. H. Marshall em outro contexto, quando muitas pessoas correm simultaneamente na mesma direção, é preciso perguntar duas coisas: atrás de que e do que estão correndo?

Realmente entender os consumidores é uma tarefa bem complexa. As mesmas pessoas que se emocionam com uma tragédia como essa, são as que também vão ao supermercado escolher entre um suco light ou com soja. Estamos indo atrás do que quando optamos por um suco light? Que necessidades acompanhar uma tragédia como essa nos supre?

Wednesday, April 02, 2008

77ª questão - Por que não nos entendemos mais?

Perfeito a forma como esse vídeo mostra a falta de sintonia entre anunciantes e consumidores. Vale a pena assitir e refletir se realmente estamos conseguindo nos comunicar com as pessoas. Mais do que argumentos de vendas, hoje o papel do profissional de marketing é ser um "curandeiro".

A transação entre comprador e vendedor não diz respeito mais a produtos. Ela diz respeito a cura. O produto é meramente um objeto de troca.

Isso envolve uma compreensão profunda da natureza dos benefícios interiores que o consumidor deseja. Que estado de espírito o consumidor procura? Qual é a mazela que precisa ser curada, e qual a medida para a cura?