Um blog que acredita no design como agente de transformação cultural e intérprete de nossos tempos. Espero que gostem.
Tuesday, September 30, 2008
103ª questão - Tecnologia x Música?
Thursday, September 25, 2008
102ª questão - Quem precisa de amor?
A pouco tempo atrás, surgiu na internet o vídeo Free Hugs. Foi um tremendo sucesso, sendo visto por milhões de pessoas em todo o mundo. A idéia era bem simples. Uma pessoa com um cartaz escrito "Free Hugs" andava pelas ruas e distribuia abraços para quem quisesse. Difícil não se emocionar com esse vídeo. Quando mandei para meus amigos, muitos se sentiram como se recebessem um abraço de verdade.
Existem milhares de outros projetos com objetivos semelhantes. Nada mais natural em um mundo tão competitivo, duro e imprevisível. Antigamente tínhamos a opção de nos refugiar na religião por exemplo. Hoje em dia temos uma opção muito mais prática. Entrando no Youtube, podemos assistir e participar desses projetos. E assim vamos recuperando nossa crença na humanidade e renovando nossas esperanças no futuro. Nada contra esses projetos. Muito pelo contrário. Só acho interessante analisar o contexto para entender os motivos desses "sucessos". Free Hugs para todos!!
Wednesday, September 24, 2008
101ª questão - Bebida ou cosmético?

The world's largest food and beverage company has introduced Glowelle, a beauty drink that proclaims to have antiaging properties.
The bottled drinks come in two flavors, raspberry jasmine and pomegranate lychee, and are available for $7 a pop at Neiman Marcus and Bergdorf Goodman department stores. The blends claim to "nourish and hydrate the skin from within and help fight free radicals, known contributors to the signs of aging."
This drink is just the latest in a bevy of supplements that have hit the market. I've always been perplexed by beauty drinks: do they work? Have you ever tried a beauty supplement in the form of food or drink?
Fonte: yumsugar
Sunday, September 21, 2008
100ª questão - Existem diferenças entre os nikkeis e os brasileiros quando se fala em consumo?

"Este trabalho estuda o processo histórico, iniciado há 100 anos atrás com a chegada dos primeiros imigrantes japoneses, entre a integração de dois povos tão diferentes não só fisicamente, mas principalmente culturalmente. O tema é relevante, pois em pleno ano do Centenário da Imigração Japonesa, ainda existe uma grande distância separando os descendentes de japoneses (nascidos no Brasil) em relação aos brasileiros. Os motivos e questões que levaram a essa separação serão analisados no trabalho, estudando-se principalmente o que aqui foi denominado como subcultura dos descendentes de japoneses. Dessa forma, através da abordagem cultural e antropológica do consumo, foram analisadas algumas relações de significados e estruturação social, envolvendo a formação de uma identidade que não é completamente brasileira e nem japonesa. A pesquisa sobre os imigrantes japoneses e seus descendentes, foi realizada através da leitura de diversas revistas, jornais e livros que produziram um vasto material a respeito. Foram coletados tanto relatos históricos como também dados e informações da atualidade, que serviram para a interpretação e dissertação sobre o objeto de estudo."
Aos poucos irei escrever mais trechos do trabalho, compartilhando essa pesquisa e análise que foi extremamente gratificante para mim. Inclusive já existem alguns projetos para aproveitar o conteúdo deste trabalho. Aguardem.
Saturday, September 20, 2008
99ª questão - Loja de design?



98ª questão - Are you a PC?
Wednesday, September 03, 2008
97ª questão - O que medalhas de ouro tem a ver com as escolas?

A fonte desses números foi o artigo escrito por Gustavo Ioschpe na edição da VEJA de 3 de setembro. Esse é mais um daqueles textos que dão uma certa ponta de inveja. Ele consegue expressar de forma clara e assertiva, diversos pontos de vista sobre a cultura brasileira, principalmente em relação a competitividade. Reproduzo alguns trechos desse artigo com a finalidade de incentivar uma mudança de mentalidade.
"...Não temos apenas carências materiais a nos complicar a vida: temos uma cultura que abomina a competitividade, desconfia dos vitoriosos e simpatiza com os fracassados. Quando o nadador César Cielo, não por acaso treinado nos EUA, declarou que iria em busca do ouro, o desconforto dos comentaristas televisivos foi audível: muita saliva gasta para deixar bem claro que se tratava de "autoconfiança" e não "arrogância". Porque melhor um bronze humilde do que um ouro arrogante! Se Michael Phelps tivesse nascido no Brasil, seria provavelmente exilado ao declarar a intenção de bater o recorde de medalhas em uma Olimpíada. Só num país de perdedores uma classificação para final olímpica é vista como "garantia de prata", e não uma chance de 50% de ouro. Só no Brasil se ouvem atletas dizendo que o bronze valeu ouro, só aqui se vê um chororô constante e público de favoritos que foram vencidos por seus nervos. Só aqui um atleta como Diego Hypólito, depois de cair sentado em sua competição e ainda ter a pachorra de culpar os céus ("Deus não quis. Deus decidiu isso."), é recebido com festa e escola de samba. Nós nos preocupamos mais em ser campeões morais do que campeões de fato. Valorizamos o esforço mais do que o resultado. Acreditamos que o sofrimento do percurso redime o fracasso da chegada, ao contrário dos países que dão certo, em que o sucesso do resultado é que redime o sofrimento do percurso.
A ojeriza à meritocracia em nossas escolas vem sob a desculpa de que a competitividade pode causar profundos danos à psique das crianças. Um sistema educacional como o chinês, em que os melhores alunos de cada sala são identificados publicamente – em algumas escolas, através do uso de lenços coloridos – e posteriormente transferidos às melhores escolas, desperta em nossos professores os seus instintos mais primitivos. Freqüentemente ouve-se que sistemas assim levam as crianças ao suicídio, depressão etc. É a senha para que criemos uma escola inclusiva, afetiva, que cria seres felizes e éticos. É uma empulhação sem tamanho. A literatura empírica educacional aponta o benefício de o aluno fazer dever de casa e ser avaliado constantemente, por exemplo. Práticas malvistas por nossos professores, porque supostamente significariam acabar com o componente lúdico da infância e, com certeza, roubariam o tempo lúdico do professor. Pior ainda: a suposta escola do afeto e da felicidade produz muito mais miséria, e por período bem mais longo de tempo, do que as agruras de um sistema meritocrático que premia o trabalho. O que é melhor: "sofrer" por algumas horas por dia na infância estudando com afinco e ter uma vida próspera e digna ou passar a juventude em brincadeiras e amargurar toda uma vida na humilhação do analfabetismo, do subemprego e da pobreza? Qual a sociedade que produz menos violência e infelicidade: aquelas em que os alunos brincam ou aquelas em que estudam?..."
Vale a pena pensar nessas questões. Ainda mais quando você tem filhos e é obrigado a decidir que futuro quer proporcionar para eles.