Monday, July 30, 2007

35ª questão - Água: um direito humano ou uma commodity?

Muito interessante esse ponto de vista sobre a questão da água. No mínimo é para se pensar:

"One of the most visible examples of corporate control of water is bottled water. It is the fastest growing sector of the US beverage market and just three corporations – Coke, Pepsi and Nestlé – make up over half of the US bottled water market. These corporations are privatizing our water, bottling it and selling it back to us at prices hundreds, even thousands of times what tap water costs. They have turned a shared common resource into a $100 billion global market – and one of the world’s fastest growing branded beverages."

Alguns restaurantes estão se juntando ao movimento servindo água de torneira em garrafas de vidro. Somente mesmo através de uma conscientização geral é possível atitudes desse tipo. O site para ler mais sobre a campanha é: http://www.stopcorporateabuse.org/cms/page1353.cfm

Cada vez mais, nós temos o poder de se mobilizar e lutar pelo interesse público organizando campanhas que procurem beneficiar toda sociedade. Essa tendência de pensar no coletivo, se apresenta cada vez mais evidente nas novas gerações.

Segundo Marc Gobé em seu livro Emotional Branding, a "geração Y" que são as pessoas nascidas entre 1977 e 1994 são mais conscientes do que as anteriores. Possuem um forte senso comunitário e tem essa ideologia de transformar o mundo para melhor. Com tantas previsões catastróficas para o futuro, quem sabe isso ainda nos dê um pouco de esperança?

34ª questão - Quais as marcas mais valiosas do mundo?

A Interbrand acaba de divulgar o resultado da pesquisa Best Global Brands 2007, que estima as 100 marcas mais valiosas do globo. As três primeiras posições foram mantidas pelas mesmas marcas que em 2006 ocupavam igual colocação no ranking.
A Coca-Cola continua como a mais valiosa do mundo (US$ 65,234 bilhões), seguida pela Microsoft (US$ 58,709 bilhões) e pela IBM (US$ 57,091 bilhões). Em sua sétima edição, a pesquisa, que é publicada pela revista de negócios norte-ame ricana Business Week, atesta a Coca-Cola com o primeiro lugar desde a primeira relação divulgada, há sete anos.
O grande destaque continua sendo o Google, que teve uma valorização de 44% em 2007. A marca, que tem ficado mais valiosa a cada ano, encabeça a lista das que mais crescem: 46% em 2006. De 2005 para cá, o ambiente virtual, que passou de uma simples ferramenta de pesquisa a um portal de informação, subiu da 38ª para a 20ª posição, e hoje vale mais de US$ 17,837 bilhões.

Para ler a matéria completa no Portal da Propaganda é só clicar aqui.

Monday, July 23, 2007

33ª questão - O que é preciso para criar uma marca forte?

Segundo Philip Kotler:

O marketing já foi corretamente denominado de a arte de criar marcas. Uma marca é mais que um nome. Se não for fácil identificá-la, não será realmente uma marca. Há diferenças entre uma marca com pouca ou muita penetração, e a função da pessoa de marketing é criar associações mais sólidas para a marca.

Uma marca forte tem cinco dimensões. Ela deve trazer à mente determinados atributos, tais como o tamanho do produto, suas características e assim por diante. Em segundo lugar, precisa sugerir fortemente uma ou duas vantagens cruciais. Por exemplo, a Volvo faz associação com segurança, enquanto a Apple utiliza a facilidade de operação. Em terceiro lugar, se a marca fosse uma pessoa poderíamos visualizar suas características. A Apple estaria na casa dos 20 anos e a IBM...lá pelos 60. Em quarto lugar, a marca deve sugerir alguma coisa a respeito do sistema de valores da companhia - ela é inovadora, responde às exigências dos clientes, tem consciência social? Finalmente, uma marca forte sugere a imagem dos usuários da marca - eles são jovens e entusiasmados ou mais velhos e assentados? O especialista de marketing incumbido de criar uma marca precisa desenvolver os cinco fatores que a tornam mais robusta.

Uma marca forte precisa ter cinco dimensões:

  • Deve trazer à mente do consumidor seus atributos, como o tamanho do produto, as características etc.

  • Deve sugerir fortemente uma ou duas vantagens cruciais, como Volvo sugere segurança.

  • Deve ter características semelhantes às de uma pessoa, fáceis de visualizar. A Apple, por exemplo, seria vista como uma jovem de 20 anos e a IBM como uma senhora de 60.

  • Deve sugerir algo sobre os valores da empresa - inovação, consciência social etc.

  • Deve sugerir também a imagem de seus usuários.

32ª questão - Quer um monstrinho?

Ainda falando em ações de marketing para crianças e adolescentes, o Peti mandou um exemplo muito legal de customização.

"Crie seu monstrinho!

Até eu queria um.
A cadeia de varejo Fao-Schwarz está oferecendo a partir do final deste mês a possibilidade das crianças desenvolverem seus próprios brinquedos. Basta eles criarem seus monstros e enviarem o desenho por e-mail ou carta. Algumas semanas depois eles o receberão de volta seguindo exatamente a imaginação infantil. A novidade já começa a virar mania com milhares de desenhos sendo enviados diariamente antes mesmo do lançamento. O preço é de gente grande: 250 dólares."

http://www.fao.com

31ª questão - Como atingir os pré-adolescentes?

Essa dica é da Marina que trabalha comigo na agência. Muito interessante como o marketing está evoluindo cada vez mais em relação a experiência com a marca.

"Dêem uma olhada no site: www.clublibbylu.com

Achei legal porque mostras as tendências de consumo das futuras mulheres.
Eles trabalham bastante a questão da customização entre as pré adolescentes.
Tem o Sparkle Spa, onde as "mocinhas" podem criar seus próprios cremes, o
VIP Lounge, para Very Important Princess, o Style Studio, salão de beleza
com tudo que uma mulher tem direito."

Monday, July 16, 2007

30ª questão - Quanto vale uma medalha no Pan?

Tudo bem a previsão de gastos para realização do Pan ser inicialmente de R$ 380 milhões, sendo que no final gastou-se mais de R$ 1,9 bilhões. Tudo bem também esse dinheiro ter vindo do nosso bolso, afinal foi praticamente tudo bancado pelo Estado. Aliás aumentaram a incidência de impostos justamente para sustentar essas e outras. Os problemas de organização também não tem importância. Isso apenas reforça nossa identidade brasileira como povo que dá um jeito em tudo. Se mesmo assim você é designer e não está revoltado com o Pan, existe ainda mais um motivo. Até mesmo o púlpito da inauguração que foi visto pelo mundo todo, estava com o logo aplicado de forma errada.

O melhor momento do Pan até agora foi ver o presidente Lula não ter aberto os jogos por medo das vaias. Tirando isso, não tem medalha que pague a utilização tão irresponsável do meu e do seu dinheiro.

29ª questão - Quer um briefing para melhorar o mundo?


Esta dica quem passou foi a Renata Almeida que trabalha comigo:

"Segue um site muito bacana, que entre outras coisas, está sempre promovendo competições internacionais ligadas à Design.
A bola da vez são as competições sobre os temas: Reinvente e Ame seu planeta.

Segue o link: www.designboom.com/competitions.html

Qualquer um pode participar, é tudo online, não paga nada e os prêmios são muito bons.
A concorrência é acirrada, mas é uma boa forma de exercitar a criatividade.

Vale a pena tambem olhar os resultados de competições passadas, tem muita coisa boa."

Sunday, July 08, 2007

28ª questão - Nada se cria, tudo se copia?


Recebi por e-mail um texto muito bom falando sobre originalidade e plágio do Luciano Tardin. Até por respeito a nossa profissão de designer, achei fundamental divulgar e repassar para o maior número de pessoas.

"Originalidade

Sou designer gráfico e professor universitário. Me formei no final da década de oitenta. Naquela época era muito comum a prática da imitação, por parte de empresas locais, de trabalhos empresas e produtos estrangeiros. Falávamos de alguns empresários como sendo pessoas inescrupulosas, que não valorizavam o setor criativo local. De fato isto existia e ainda existe. A identitade visual da empresa Camper, virou aos nossos olhos ainda naquela época, a Dimpus, Grifes estrangeiras eram registardas localmente clonando as características da empresa original como no caso que resultou na questão judicial entre a Converse, emprresa fabricante e detentora da marca ALL STAR, e a empresa brasileira ALL STAR. Naquela época, uma bilheteria para venda de ingressos em Nova Iorque poderia virar "inspiração" para a identidade de uma griffe local - tickt's (não tenho certeza da grafia). Toda esta prática era protegida pela distância espaço-temporal que nos separava dos grandes centros. Esta camuflagem não mais existe.

A prática do plágio não é uma exclusividade nossa. Empresas do mundo inteiro imitam, copiam, se valem da intangibilidade de certas questões para se "inspirarem" nos "top of mind". A revista alemã NOVUM, antiga GebrauchsGraphik, já publicava na década de 50 (a revista existe desde a década de 20, mas não sei se a coluna já existia), uma coluna sobre plágio. Sabemos pela história da arte que isto sempre foi presente. O que não justifica.

Me impressiona a repentina visibilidade de casos como este. Seja na triste e indiscutível falta de originalidade dos diretores de arte que se empenharam em reproduzir na abertura da novela Sete Pecados da Rede Globo um Hot site da IKEA, ou no plágio descarado no qual alguns estilistas nacionais foram flagrados em matéria publicada na revista Piauí, ou ainda no também indiscutível plágio do produto "do bem" que copiou desde a linguagem e discurso da marca innocent até mesmo sua embalagem, site e sabe-se lá o que mais.

http://www.innocentdrinks.co.uk/

http://www.dobem.com/

Gostaria que as instituições que se entitulam fruto da organização de profissionais, e que geralmente estão envolvidas em premiações e promoção de trabalhos "originais" estivessem sempre atentas a fatos como estes, inibindo, ou no mínimo não promovendo inconscientemente atitudes como estas. Está cada vez mais difícil lecionar neste país onde a falta de ética beira o caos. Como é também difiícil estimular o aluno e futuro profissional em uma pesquisa criativa, autônoma.

luciano tardin

luciano@tardincampos.com"

Wednesday, July 04, 2007

27ª questão - Qual o tamanho da "blogosfera"?

Saiu no Blue Bus dados sobre blogs:
Inglês (39%), japonês (31%) e chinês (12%) são os idiomas que predominam nos posts, segundo números de junho do novo relatório divulgado hoje pela Technorati. O português (com 2%) aparece logo depois do espanhol e do italiano.
A pesquisa atualiza os números sobre a blogosfera. O universo de blogs está agora 100 vezes maior do que há 3 anos e dobra a cada 200 dias (6 meses e meio). A Technorati monitora atualmente 50 milhões de blogs. Diz que 175 mil novos blogs surgem a cada dia - significa que, em média, são mais de 2 blogs criados a cada segundo. O volume de postagens diárias continua crescendo - são cerca de 1,6 milhao por dia, ou aproximadamente 18,6 posts por segundo.

Só o tempo que eu levei para publicar esse post, já foram criados mais de 360 blogs no mundo todo. É verdade que muitos deixam de ser atualizados em pouco tempo. Outros não tem muito a dizer. Mesmo assim, é impressionante a quantidade de conteúdo criado pelas pessoas. Eu por exemplo me mantenho informado sobre publicidade, planejamento e tendências apenas através de blogs. Isso nos leva a crer que em pouco tempo a atividade de blogueiro poderá ser considerada uma profissão.

No livro null, a badalada pesquisadora americana de tendências Faith Popcorn afirma que em 2015 mais da metade da população estará trabalhando em profissões que hoje não existem. Segundo ela, habitarão o mundo dos negócios, por exemplo, os "sussurradores", profissionais especializados em lidar com consumidores enraivecidos e cada vez menos tolerantes aos deslizes das empresas. Como o próprio nome sugere, há no livro de Faith uma dose de exercício de futurologia. A análise de muitos movimentos sociais e econômicos que estão acontecendo hoje, porém, já aponta de maneira mais tangível o surgimento de carreiras cuja valorização se intensificará nos próximos anos.